Friday, September 21, 2007

QUANTAS ARANHAS A TECER NOSSAS TEIAS



NALDOVELHO

Pessoas envoltas em teias, em dramas,
esquecem o caminho, se atritam nas tramas,
e choram, reclamam, escondem seus rostos,
e vão, nem sei onde, curar os seus ais.

Quanto veneno injetado em meu corpo,
o sangue anoitece e se arrasta no esgoto,
e o rio acontece, corredeiras no mangue...
Caminhos fechados, nem sei onde vou.

Volto pra teia e grito o Teu nome!
Canto um mantra, quem sabe amanheço?
Quem sabe acordo, primavera, setembro,
janelas abertas e virei beija-flor?

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