Arte: Tutti Nunes
Título da Obra - Pietá de Baidoa
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NALDOVELHO
Trilhas estranhas, histórias, tormentos,
trevas, tropeços, portas trancadas,
terras, fronteiras, cicatrizes expostas.
É sina do homem crescer pela dor.
Conflitos, abismos, batalhas, loucura,
o cheiro de sangue, o medo, a tortura,
na fúria da guerra a fome consome,
em teu colo a criança, não chora, não come.
Lágrimas não chovem, ressecadas as pétalas,
caminhos incertos, agoniza o sonho.
O rio minguou, o leite secou,
olhos vidrados espelham a dor.
Teias estranhas, nem sei o teu nome,
só sei que és negra e padeces de fome.
No berço do homem deserto de amor,
morre a mingua o filho do Nosso Senhor.
2 comments:
Querido Poeta Naldo,
Meus olhos se enchem d água ao ler esse poema "Africa".
Rico em profundidade, verdade absoluta, tristeza de saber...
Retrato de uma realidade que me traz imensa dor...
Ate´quando, Senhor, ate´quando Senhor?
Porque tem quem ser assim?
Sofrimento,Conflitos...
E Deus que fez tudo tao perfeito...
Que pena!
Estas de Parabens mais uam vez Poeta...Muito lindo e triste!!!
Abraços da amiga Joana Ara Pons
Estou aqui de novo Naldo,eu tenho uma contida adoração pela Africa,pela natureza,pelo povo sofrido,pela força da raça,pelo sorriso das crianças,pelo brilho dos olhos,pelos musculos felinos,
pelo porte regal de quem pertence a essa raça! eu devo ter sido uma filha da Africa,no meu sangue,no meu coração,como um "dejá vu"!
agora que estou vendo aqui a minha mana Joana,somos irmãe de alma!
beijos meu poeta,Mató
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