NALDOVELHO
Sei dos caminhos que nos levam à loucura
e das trilhas, abismos, armadilhas.
Sei do sangue coagulado sobre a ferida
e da dor na cicatriz quando mexida.
Sei do inverno no silêncio do meu quarto,
e das lágrimas, quase sempre não disfarço!
Sei das ruas, vielas, esquinas desertas,
insônia insistente, madrugadas incertas.
Sei do amigo que se recusa ao abraço,
chuva ácida poluindo o riacho.
Sei dos esboços, dos rascunhos, dos sonhos,
projetos engavetados, lado esquerdo, tristonhos.
Sei do livro de contos inacabado,
faz tempo não pego, tenho medo do estrago!
Sei que o tempo tece teias estranhas,
corpo cansado, sou presa indefesa da aranha!
Sei que amanhã vou acordar setembro,
se me lembro: primavera, flores, temperatura amena!
Sei que no final deste caminho, existe um outro.
Sei da pedra, do limo, das raízes e da solidão.
Sei dos caminhos que nos levam à loucura
e das trilhas, abismos, armadilhas.
Sei do sangue coagulado sobre a ferida
e da dor na cicatriz quando mexida.
Sei do inverno no silêncio do meu quarto,
e das lágrimas, quase sempre não disfarço!
Sei das ruas, vielas, esquinas desertas,
insônia insistente, madrugadas incertas.
Sei do amigo que se recusa ao abraço,
chuva ácida poluindo o riacho.
Sei dos esboços, dos rascunhos, dos sonhos,
projetos engavetados, lado esquerdo, tristonhos.
Sei do livro de contos inacabado,
faz tempo não pego, tenho medo do estrago!
Sei que o tempo tece teias estranhas,
corpo cansado, sou presa indefesa da aranha!
Sei que amanhã vou acordar setembro,
se me lembro: primavera, flores, temperatura amena!
Sei que no final deste caminho, existe um outro.
Sei da pedra, do limo, das raízes e da solidão.