NALDOVELHO
Violão instigante, acordes dissonantes,
melodias profanas, toadas de abandono.
Paisagens saudosas de Minas,
dormentes de trilhos que trago,
cravados dentro do peito.
Dedo e meio de prosa,
café fresquinho no bule,
angu de corte e a certeza,
porteira aberta pro mundo!
Lembranças lá das funduras,
de um tempo que não volta mais.
Raízes que trago, não nego!
Cachaça madura de engenho,
Seu Nicolau nos chama:
quero moda de viola, meu neto!
Se não lembro da letra eu invento...
Leopoldina, Chácara do Desengano.
Rimas! Pra que as quero?
E é um tal de jogar conversa fora,
lugar algum é o bastante,
pressa nenhuma pra chegar.
Virei vento frio de outono,
cantiga antiga de partida,
águas tranqüilas, riacho,
sementes que espalho, poemas...
Quando acordar deste sonho,
já vou estar em outro lugar.
1 comment:
Boa tarde Naldo,
sou mineira e entendo muito bem seus sentimentos transcritos aqui.
Te encontrei no Facebook na págima da Elane Tomich.
Abraços,
Fátima
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